sexta-feira, 11 de julho de 2008

Os Meus Animais

Tudo começou no ano de 2000, no dia 27 de Fevereiro. Fui parteira pela primeira vez. A Xaninha teve quatro lindos gatinhos! :D Fiquei com dois (não resisti, eram tão fofinhos!!!). Teve dois amarelinhos, um cinzento e a única menina era tricolor. Aos meus, dei-lhes o nome de Nino e Nina (por falta de imaginação, eu sei), mas, hoje em dia, chamam Garfield ao macho e os outros dois dei-os. Em meados de Janeiro, do ano seguinte, castrei o gato. Foi crescendo e crescendo cada vez mais, até ter chegado aos 7kg… A gata ficou “inteira” (a cirurgia das fêmeas é muito mais cara…) e, por causa disso, fui parteira mais uma série de vezes, mas nunca do Nino. Ela gostava de passear lá nos quintais e de namorar… Numa dessas vezes, nasceu o Soneca, mais um gato lindo lá para casa. :D E assim que pude, castrei-o também, se não havia festa lá em casa! O Soneca era um lutador… gostava de andar à bulha. De vez em quando, aparecia com arranhadelas. Houve uma vez que apareceu sem um bocado da orelha… eu andava sempre com o coração nas mãos por causa da Nina e do Soneca, mas eles gostavam dessa vida e o que é que eu podia fazer? O Nino não era nada assim. Saía para apanhar sol, mas nunca se afastava muito, nem ia para os outros quintais. Houve uma vez que ele vinha a subir as escadas das traseiras do prédio, quando, ao chegar ao patamar da casa dele, dá de caras com um Rottweiller que, nesse instante, estava solto, porque tinha acabado de tomar banho e veio cá fora sacudir-se. Azar do meu menino, pernas para que te quero. E, burrice a dele, subiu as escadas… é claro que chegou ao último andar e não tinha saída. O que é que ele fez?! Saltou cá para baixo… Penso que deve ter tentado saltar para o telhado de um barracão mesmo atrás do prédio que ficava dois andares abaixo, mas é claro que não conseguiu, por causa da distância entre este e o prédio. Então, teve uma queda que equivale a quatro andares… mas, raio do gato, que é rijo, salvou-se! E nem partiu nada, ficou só magoado nas patas e assustado, claro. Entretanto, a vida dos meus bichinhos acalmou, mudei de casa e, então, já não havia galderice para ninguém. Passado pouco tempo, em 2005, o Soneca morreu… com insuficiência renal (tinha três anos). Foi dos dias mais difíceis da minha vida. Tinha passado dois dias fora e deixei-os em casa com comida e água suficientes. Quando cheguei a casa, nesse dia, vi que alguma coisa não estava bem, mas nunca me passou pela cabeça que o gato estava a morrer… no momento de agonia, consolei-o e tentei tranquilizá-lo. Só quando lhe começou a faltar o ar é que me apercebi que estava a morrer. Corri desvairada pela rua fora, com ele ao colo, até uma clínica, mas já tinha tido morte cerebral pelo caminho… Quando lá cheguei, o veterinário disse que ele já estava morto clinicamente há dois dias… o gato esperou esses dias para morrer, esteve à minha espera, e eu que pensava que ele não gostava lá muito de mim, pois não nos dávamos muito bem (ele era muito rebelde…). Para mim, foi uma grande prova de amor. Entretanto, mudei, temporariamente, de casa e perdi a minha menina… :( Um amigo que lá foi a casa deixou a janela aberta e a gata fugiu. Estava com o cio… já era de prever. Fiquei tão chateada que ainda hoje, quando o vejo, fico com uma raiva…!!! Bem, lá ficou o meu Nino sozinho. Coitado, andava triste, sentia a falta da irmã. Tive de lhe arranjar companhia… Fui buscar uma gatinha pequenina que nasceu numa escola perto da minha casa, a Kika. Foi muito engraçada a adaptação deles. Estão a imaginar um ratinho, pequenininho, todo eriçado? Foi muito giro! Entretanto, adoptei uma cadela :D também muito gira!!! Diana, foi assim que lhe chamei. Na altura, ainda não tinha um ano e, na relação com os gatos, foi-se adaptando. Depois até brincavam juntos. Foi mamã uma vez. Teve dois filhotes de um husky-siberiano, um macho creme de olhos azuis e uma menina malhada de branco e preto, com um olho de cada cor. Gostávamos de pregar partidas uma à outra, quando íamos dar o nosso passeio. Preguei-lhe alguns sustos e ela a mim. Era muito mimada e muito teimosa também! Passados alguns anos, por motivos de força maior, tive de a dar. Ainda hoje choro com saudades... Hoje, já só tenho o Nino e a Kiquinha. O Nino já tem oito anos e a Kika tem mais ou menos 3 anos. A Kika é a rebelde lá de casa… muito independente, não gosta de muitas festinhas e não gosta que eu a agarre (com muita pena minha…). Odeia estranhos! É capaz de se enfiar dentro de um armário para se esconder! O Nino é tipo Garfield, gosta de comer, de dormir, de mimos e de mim, claro! Persegue-me para todo o lado: se vou à cozinha, vai atrás de mim; se vou ao quarto, lá está ele atrás de mim… Onde quer que eu vá, lá vai ele. Há bem pouco tempo, estava eu a tomar banho e ele saltou para dentro da banheira! Mas, se eu lhe quiser dar banho, ele já não acha muita piada! Mas é um amor… adoro esse gato! E estes são os meus amores, a minha perdição.

Livro "A Ponte para a Eternidade" de Richard Bach

Um romance autobiográfico… Depois de um casamento falhado, o autor procura, durante alguns anos, a sua alma gémea. Onde quer que fosse, fizesse o que fizesse, procurava-a cegamente. Nas exibições aéreas que fazia na sua quinta, procurava-a na multidão. Tinha a certeza de que, quando a visse, a reconheceria. Que sentimentos esperar quando os seus olhos cruzassem com os dela. Teve alguns casos com mulheres que pensava serem a sua cara-metade, mas havia sempre alguma coisa que não lhe agradava, não se sentia completo. De início, pensava que ela tinha de ser igual a ele, mas depois chegou à conclusão que isso era impossível. E a procura continuava… Conhecia uma mulher há já muito tempo, admirava-a, via-a como uma irmã, uma melhor amiga, pois julgava-a tão diferente dele que nunca lhe passou pela cabeça ser a sua alma gémea. Gostei muito de ler este livro (já o li duas vezes…) talvez por ser uma eterna apaixonada. Acho que a maioria das pessoas procura a sua alma gémea e, com este livro, podemos ver que nem tudo o que parece é e, às vezes, o que queremos está mesmo à nossa frente. “…os avançados e perfeitos podem sugerir, podem insinuar o que quiserem, mas sou eu quem decide o que fazer. E eu decidi que não vou viver sozinho.” “Sem o poder desse amor, somos barcos imobilizados em mares de tédio, mortalmente…”